quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Quando é musica
Quando está só, executa uma melodia inerte
Que só ele ouve
Quando sola.
lamenta aquele outrora sem nota
como sorriso tristonho do retrato de Chaplin
na parede com tinta descascada.
Do Som só ele aprende.
E prende, o que é seu de costume.
Os retratos, de fato, na parede que rebomba
o som que pra ele é musica.
Por mais metálico que seja
e em sua língua vira ferrugem
como leões que em seu ouvido rugem.
pra ele é musica
que só ele escuta.
Que só ele ouve
Quando sola.
lamenta aquele outrora sem nota
como sorriso tristonho do retrato de Chaplin
na parede com tinta descascada.
Do Som só ele aprende.
E prende, o que é seu de costume.
Os retratos, de fato, na parede que rebomba
o som que pra ele é musica.
Por mais metálico que seja
e em sua língua vira ferrugem
como leões que em seu ouvido rugem.
pra ele é musica
que só ele escuta.
Agnus Aquiles
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Mais Uma
E era por isso que talvez os bares da Avenida Afonso Vaz de Melo me acolhia com braços de mãe.
Não havia em nenhum copo de cerveja o veneno que sempre encontrava em suas palavras.
Os
verões de minha juventude pacata passaram com a velocidade de viaturas
barulhentas. Levaram os sonhos de sermos "rock star" ou de um dia estar
ali naquele palquinho cantando Caetano ou qualquer reggae comercial.
Os
cigarros que já tiveram propagandas mais atraentes continuam atraindo.
Mesmo o amor, que um dia já foi filme, hoje afasta pessoas de suas vidas
normais. E a relação entre os cigarros e o amor continua sendo
atraente.
Tamanho era o numero de pessoas ao meu redor, que a solidão me engolia e me cuspia de volta para mais um trago, e mais um gole.
Até
que lembrei que te esquecer não foi tão difícil. Difícil mesmo foi
pegar meus livros e outras coisas mais que estava em posse do seu
governo.
E
tarde da noite, a mesma noite de bares e pessoas, de cigarros e amores,
de Caetano e veneno, de você em meus pensamentos. Ainda vi que meus
amigos envelheceram antes que eu os contasse sobre as pessoas que vivem
no universo. Sobre os esforços que nossos pais já fizeram por nós e
sobre os poetas urbanos que ainda vivem.
E tudo parecia estático naquela noite de verões e viaturas.
O
casal na mesa ao lado paralisados nos olhares, o grupinho de
solteironas fofocando dias de amores. A onipotente Pontífice
Universidade Católica que se erguia do outro lado da avenida que era
cortada por ônibus cheios de pais de família indo pra casa depois de um
dia cansativo e modorrento, almejando um gole da cevada gelada que
estava em meu copo.
Então,
como que dono de mim mesmo, capaz de decidir meu destino nos próximos
minutos. Resumo meu veredicto em duas simples palavras direcionadas ao
garçom: "Mais uma".
Agnus Aquiles
Devagar
Do Jeito que andam as coisas, Muitas coisas vão andar devagar.
Com a pressa de quem não quer chegar.
Com os passos de quem não sabe andar.
Com a preguiça de um bocejar, as coisas andam devagar.
Chuva que não quer parar.
Sentimento que insisto em guardar.
Fortemente gravado nos longos minutos/séculos
Do meu viver/caminhar.
Agnus Aquiles
Com a pressa de quem não quer chegar.
Com os passos de quem não sabe andar.
Com a preguiça de um bocejar, as coisas andam devagar.
Chuva que não quer parar.
Sentimento que insisto em guardar.
Fortemente gravado nos longos minutos/séculos
Do meu viver/caminhar.
Agnus Aquiles
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