terça-feira, 12 de março de 2019
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Excluir permanentemente?
São só palavras indo para lixo cósmico dos bites, bytes e
teras.
São só caracteres medidos, regulados e monitorados.
São só declarações de amor indo pelo ralo do “visualizado e não respondido”.
São só caracteres medidos, regulados e monitorados.
São só declarações de amor indo pelo ralo do “visualizado e não respondido”.
Não correspondido.
E sem previsão de volta.
Contatos apagados na velocidade da fibra ótica.
Notificações que vão para limbo.
E sem previsão de volta.
Contatos apagados na velocidade da fibra ótica.
Notificações que vão para limbo.
O sistema não é falho.
A paixão sim.
A paixão sim.
Agnus Aquiles
Preguiça
Nem mesmo o som da ferrugem fez dormir a preguiça que aqui guardo no bolor verde do meu bolso.
Bigorna em cima do ponteiro fez do tempo um ser leve, como um tanque de guerra.
Até que chega a hora em ponto de bocejar vontades de não fazer nada.
Hora nenhuma...
Agnus Aquiles
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Sorriso Nublado
Um lapso, um traço, um segundo.
Um surto, um susto, um momento.
Um tormento, um alento, uma dúvida.
Um fim, uma lágrima, uma mágoa...
(apertando cada centímetro do coração)
Um dia de sol para cada sorriso nublado.
Um surto, um susto, um momento.
Um tormento, um alento, uma dúvida.
Um fim, uma lágrima, uma mágoa...
(apertando cada centímetro do coração)
Um dia de sol para cada sorriso nublado.
Agnus Aquiles
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
"No bar não se cospe no chão, nego..."
O cheiro.
A toalha da mesa com tons fortes.
As bolhas subindo do fundo.
Até encontrar a espuma fina.
O suor do copo
retratando todo aquele verão infindável.
O som ao fundo tão popular
Como é em qualquer bar
Ritmado e tão brasileiro.
Como é de se esperar
Era um conforto sem nome
Sem remorso nem pesar.
Com dialetos tão típicos
E sotaques esquecidos
Os lugares e seu linguajar.
O confessionário boêmio
Onde a única penitência
E pedir a conta
E a saideira.
Agnus Aquiles
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Muro
Prisioneiro.
E a tenda que protegia.
Quase se foi com o vento.
Quase foi vendaval.
Esse sorriso faceiro.
Que muro algum esconderia.
Muro alto.
Prisioneiro.
Já nem queria ser livre.
Depois da tempestade.
Grade alguma é tormento.
Agnus Aquiles
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Tela Viva
A tinta seca, que a tela da vida.
Na tela plana, branca, bege, rosa.
Na tinta o cheiro é morto.
Com gosto de pincel.
É viva a grande obra.
Na mão de artista aleijado.
Na tela tudo nasce.
Sem parto vermelho carmim.
Sorria Mona lisa de cabelo pranchado.
Com olhar de embaraço, se mostra pra mim.
Agnus Aquiles
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Veste
A veste que visto me serve.
A veste que me cobre e me esconde.
A veste que me mostra como quer.
O que eu visto é como é visto de fora.
O que não insisto por medo do nada.
O que além de roupa, é casca.
Talvez um dia, vestido da verdade
Talvez, quem sabe, não sirva essa vaidade
Talvez um dia, por ai andarei nú.
Agnus Aquiles
A veste que me cobre e me esconde.
A veste que me mostra como quer.
O que eu visto é como é visto de fora.
O que não insisto por medo do nada.
O que além de roupa, é casca.
Talvez um dia, vestido da verdade
Talvez, quem sabe, não sirva essa vaidade
Talvez um dia, por ai andarei nú.
Agnus Aquiles
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Passos
terça-feira, 13 de maio de 2014
Sobre homens e lobos
Outrora era homem sem planos
Com medo da vida, do mundo, dos sonhos
Hoje quatro patas, nenhum destino.
Quantas almas foram preciso pra te criar?
Lua cheia prateada te viu nascer
És tu mesmo filho da lua?
Que em quatro faces diferentes és apenas uma?
Sendo assim, lobo e homem é você
Instinto social.
Quem te fez vives?
Foi sábia a decisão de te conceber?
Eras homem ou lobo?
Pois os dois poderia ser
Isso é concedido apenas a você.
Quantos uivos a lua te saudaram?
Quantos holocaustos à ti?
Hoje és o sacrifício
Hoje quatro patas, nenhum destino.
Agnus Aquiles
(Escrito em 18/12/05)
(Escrito em 18/12/05)
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Inquietante
Desses de chover no pensamento.
Inundar decisões.
Perigoso.
Foi inquietante não controlar.
E ver acontecer.
Sem freios, sem medo.
Foi um surto, no susto, do nada.
Para além de qualquer barreira de controle
De qualquer empurrão aleatório.
Quando o leite derrama, só podemos limpa-lo.
Agnus Aquiles
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Eu amarrei escadas no céu.
Com medo de cair.
Com frio no estômago.
Vazio de confiança.
Eu amarrei as cordas no firmamento.
E balançava minha fé.
Com dúvidas na mente.
Cheia de coisas para pensar.
Eu lia sobre poetas.
E escrevia em linhas tortas.
Com letras garranchadas.
Cheias de sentimentos puros.
Agnus Aquiles
Com medo de cair.
Com frio no estômago.
Vazio de confiança.
Eu amarrei as cordas no firmamento.
E balançava minha fé.
Com dúvidas na mente.
Cheia de coisas para pensar.
Eu lia sobre poetas.
E escrevia em linhas tortas.
Com letras garranchadas.
Cheias de sentimentos puros.
Agnus Aquiles
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Meu olho
Meu olho lacrimeja e arde.
Não vejo as linhas de raciocinio.
Corda bamba, balança.
Esse pisca pisca que nem era natal.
Em meu olho que mente
em várias ilusões de ótica.
Em várias lentes
sem contato
contactando a leitura de nuvens no céu,
que nem era tão azul assim...
Agnus Aquiles
Não vejo as linhas de raciocinio.
Corda bamba, balança.
Esse pisca pisca que nem era natal.
Em meu olho que mente
em várias ilusões de ótica.
Em várias lentes
sem contato
contactando a leitura de nuvens no céu,
que nem era tão azul assim...
Agnus Aquiles
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Vazio
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Quando é musica
Quando está só, executa uma melodia inerte
Que só ele ouve
Quando sola.
lamenta aquele outrora sem nota
como sorriso tristonho do retrato de Chaplin
na parede com tinta descascada.
Do Som só ele aprende.
E prende, o que é seu de costume.
Os retratos, de fato, na parede que rebomba
o som que pra ele é musica.
Por mais metálico que seja
e em sua língua vira ferrugem
como leões que em seu ouvido rugem.
pra ele é musica
que só ele escuta.
Que só ele ouve
Quando sola.
lamenta aquele outrora sem nota
como sorriso tristonho do retrato de Chaplin
na parede com tinta descascada.
Do Som só ele aprende.
E prende, o que é seu de costume.
Os retratos, de fato, na parede que rebomba
o som que pra ele é musica.
Por mais metálico que seja
e em sua língua vira ferrugem
como leões que em seu ouvido rugem.
pra ele é musica
que só ele escuta.
Agnus Aquiles
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Mais Uma
E era por isso que talvez os bares da Avenida Afonso Vaz de Melo me acolhia com braços de mãe.
Não havia em nenhum copo de cerveja o veneno que sempre encontrava em suas palavras.
Os
verões de minha juventude pacata passaram com a velocidade de viaturas
barulhentas. Levaram os sonhos de sermos "rock star" ou de um dia estar
ali naquele palquinho cantando Caetano ou qualquer reggae comercial.
Os
cigarros que já tiveram propagandas mais atraentes continuam atraindo.
Mesmo o amor, que um dia já foi filme, hoje afasta pessoas de suas vidas
normais. E a relação entre os cigarros e o amor continua sendo
atraente.
Tamanho era o numero de pessoas ao meu redor, que a solidão me engolia e me cuspia de volta para mais um trago, e mais um gole.
Até
que lembrei que te esquecer não foi tão difícil. Difícil mesmo foi
pegar meus livros e outras coisas mais que estava em posse do seu
governo.
E
tarde da noite, a mesma noite de bares e pessoas, de cigarros e amores,
de Caetano e veneno, de você em meus pensamentos. Ainda vi que meus
amigos envelheceram antes que eu os contasse sobre as pessoas que vivem
no universo. Sobre os esforços que nossos pais já fizeram por nós e
sobre os poetas urbanos que ainda vivem.
E tudo parecia estático naquela noite de verões e viaturas.
O
casal na mesa ao lado paralisados nos olhares, o grupinho de
solteironas fofocando dias de amores. A onipotente Pontífice
Universidade Católica que se erguia do outro lado da avenida que era
cortada por ônibus cheios de pais de família indo pra casa depois de um
dia cansativo e modorrento, almejando um gole da cevada gelada que
estava em meu copo.
Então,
como que dono de mim mesmo, capaz de decidir meu destino nos próximos
minutos. Resumo meu veredicto em duas simples palavras direcionadas ao
garçom: "Mais uma".
Agnus Aquiles
Devagar
Do Jeito que andam as coisas, Muitas coisas vão andar devagar.
Com a pressa de quem não quer chegar.
Com os passos de quem não sabe andar.
Com a preguiça de um bocejar, as coisas andam devagar.
Chuva que não quer parar.
Sentimento que insisto em guardar.
Fortemente gravado nos longos minutos/séculos
Do meu viver/caminhar.
Agnus Aquiles
Com a pressa de quem não quer chegar.
Com os passos de quem não sabe andar.
Com a preguiça de um bocejar, as coisas andam devagar.
Chuva que não quer parar.
Sentimento que insisto em guardar.
Fortemente gravado nos longos minutos/séculos
Do meu viver/caminhar.
Agnus Aquiles
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Quitanda
Tem queijo sim.
Na quitanda tem pimenta.
Tem tempero de todo gosto.
Tem salça, couve, vinho do porto.
Tem beijo sim.
No cobertor a gente esquenta.
Naquele frio do mês de agosto.
Tem cama, beijo, lingua no corpo.
Tem jeito sim.
Dor forte a gente aguenta.
No beijo que parecia um soco.
Tem verdades, mentiras, e amor de novo.
Na quitanda tem pimenta.
Tem tempero de todo gosto.
Tem salça, couve, vinho do porto.
Tem beijo sim.
No cobertor a gente esquenta.
Naquele frio do mês de agosto.
Tem cama, beijo, lingua no corpo.
Tem jeito sim.
Dor forte a gente aguenta.
No beijo que parecia um soco.
Tem verdades, mentiras, e amor de novo.
Agnus Aquiles
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