segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Do Pecado


Com as mãos sujas de pecado.
Com o pecado pesado na pele.
Com a pele nua e crua.
Com a nudez inocente e pura.

Com o amor entre os dedos.
Com o ódio entre os anéis.
Com suas juras infiéis.
Com minhas creças, blasfêmias e medos.

Com o pecado inocente na mente.
Com a mente nua e vazia.
Com a dúvida pura e santissíma:
Dançar com Deus ou flertar com o Diabo?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sobre flagelos e vitrines


Expor meus flagelos em vitrines.
E deixar que sua boca me mastigue.
Para que você cuspa suas desculpas baratas.
E compre com cifrão falso falsas falas.


Não brinque com a comida.
Deixe de expor fome e flagelo.
E não compre falsidade em liquidação.
Deixe que sua boca me diga um "sim" ou um "não".


Expor meus flagelos em vitrines.
É admitir sua falta em cada excesso de saudade.
É te querer de volta em cada volta pra casa a tarde.
É cuspir meu orgulho em prato faminto e reconhecer a verdade.

domingo, 18 de outubro de 2009

O amor só muda de roupa


Dois copos de lágrimas servidas quente.
Pó de sonhos destruídos.
Um bilhete de despedida.


"Nunca te esquecerei"
 

Gargalhada sarcástica.
Nó na garganta apertada.
Suspiro.
Certeza.
 

O amor só muda de roupa.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Carta




Duas batidas acompanhando o ritmo do seu coração.

Correu em direção à porta.


Contente ela (a menina) abriu.



A vovó entrou fazendo graça e gritando:



Cadê o maldito papagaio?



Ela (a menina) segurou o choro e gritou por dentro:



Cadê sua maldita carta?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Coração livre


Ancora toda hora.
Meu coração livre.
A porta bate agora.
Para entrar palpite.
 



Adora se esquecer. 
De quem se ama coração.
Deixa disso homi, num fala não.
Deixa entrar.

 

Deixa pra la então.

Já não ama mesmo.
Coração que bate
E adora palpite.
 

Ancora toda hora
Coração livre.
Quer nalfragio te segure
E velas frágeis te guie.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Do amor



Porque mais vale estender meus lençóis de idéias.
Do que em mim mesmo mergulhar pensamentos pensantes sem sentido.
Até onde vamos com essas palavras voadoras sem destino?
Será que em meu quarto cabe tanto orgulho e desprezo?


Nunca desisti de entender Adão e Eva.
Da maçã ja falei em outras poesias.
E o amor continua calado, caliente e carente.

E simplesmente...

Amando todas as coisas que nos trazem nostalgia.